segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Endividamento é tema de reunião entre movimentos sociais e governo


Às 15 horas de quinta-feira (29), FETRAF-BRASIL e demais movimentos sociais participaram da reunião com representante da Secretaria Geral da Presidência da República e Laudemir Muller, secretário da Agricultura Familiar (SAF/MDA) para tentar definir uma solução para a questão do endividamento.

Até o momento o ponto acordado na reunião refere-se ao limite do valor do crédito para liquidação das dívidas em R$ 30 mil por agricultor familiar e, aos juros, que poderão ser de 2% ao ano.  Embora o prazo para pagamento ainda não tenha sido definido, este poderá chegar a 10 anos.

Para o produtor que já tiver dois financiamentos em que um deles esteja inadimplente, a discussão segue rumo ao acordo que prevê o saldo da dívida em no mínimo 5%, para que o agricultor familiar possa ter acesso à novas linhas de financiamento.

Para Lázaro Bento, coordenador de Reforma Agrária da FETRAF-BRASIL, esse é o ponto principal na questão das dívidas.

“O mais importante nesse processo é que existe preocupação por parte dos movimentos de fazer com que as pessoas que estão endividadas possam participar do processo de produção. É isso que vai garantir a sobrevivência e a vida no campo”, explicou Lázaro.

Em avaliação, Celso Ludwig, da coordenação executiva da FETRAF-BRASIL considerou a reunião positiva, mesmo sem governo e movimentos terem chegado a um acordo sobre o bônus por adimplência.

“Finalmente o governo está entendendo o que nós queremos e se sair o bônus vamos ter uma solução para os próximos 10 anos na questão do financiamento. Embora o governo queira 0% de bônus, os movimentos estão firmes. Nossa proposta é de 46% ”, disse o coordenador.

Segundo Lázaro, é fundamental que o governo compreenda o que esse bônus representa para os agricultores familiares, e a posição unificada dos movimentos tem sido muito importante para isso. “O bônus será um incentivo para que o produtor pague em dia o financiamento”.

Na próxima semana, nos dias 4 ou 5 de outubro, movimentos e governo voltam a se reunir para chegar a uma proposta final.

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